Cada vez me surpreendo mais com o nosso país. O Brasil é realmente privilegiado por ter tantos lugares maravilhosos, com paisagens de tirar o fôlego! Um dos destinos que você também precisa conhecer, é o Maranhão – conciliar em uma mesma viagem a Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses é a melhor forma de explorar as belezas naturais do estado.
Nesse post, você vai conferir o meu roteiro detalhado de 10 dias na Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses. Além disso, vou compartilhar informações importantes e dicas super úteis para que você tenha uma experiência incrível. Tenho certeza que você vai se apaixonar e querer planejar a sua viagem agora mesmo!
Porque viajar para a Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses?
A verdade é que, se você adora destinos de natureza e está buscando lugares para explorar pelo Brasil, você pode aproveitar uma única viagem para fazer um roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses. Assim, você vai aproveitar cada cenário de dunas de areias branquinhas e paredões com quedas d’água surpreendentes.
Além disso, cada uma dessas regiões tem sua vibe única: enquanto nos Lençóis as águas são mornas e em tons variados de verde e azul entre uma duna e outra, na Chapada das Mesas a pegada praiana some para dar destaque ao ambiente da selva, com trilhas, cachoeiras e formações geológicas super interessantes.
De qualquer modo, nesses dois destinos você poderá desacelerar da sua rotina real e curtir dias de muita paz cercado da natureza e de um povo bastante acolhedor.
Dicas para você montar seu roteiro para a Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses
Antes de mais nada, algumas perguntas são fundamentais na hora de montar um roteiro de viagem, sobretudo para destinos de aventura como é o caso dos Lençóis Maranhenses e Chapada das Mesas:
- Qual o meu orçamento total para esta viagem?
- Quantos dias terei disponível para conhecer a região?
- Em que época do ano será a viagem?
- Prefiro conhecer cada atrativo com calma ou quero ver o máximo de atrações possíveis?
- Qual o objetivo da minha viagem? Alguma data especial?
Desta maneira, tenho certeza que você conseguirá aproveitar seu passeio ao máximo e extrair o melhor roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses possível!
Qual é a melhor época para visitar a Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses?
No caso da Chapada das Mesas, o período entre maio e setembro (que é a estação seca) é o ideal, uma vez que não há muitas chuvas nesse período e você poderá aproveitar muito mais as cachoeiras.
Já nos Lençóis Maranhenses, o melhor período são os meses de junho, julho e agosto, tendo em vista que as lagoas estarão cheias, depois do período de chuvas, que ocorrem no início do ano. Em setembro começam ventos mais fortes, ideal para quem vai ao destino praticar kitesurf.
Sendo assim, se você pretende montar um roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses assim como nós, eu recomendo o mês de agosto – época em que viajamos e pegamos os destinos com a temperatura perfeita, lagoas ainda cheias e tudo menos lotado!
Quantos dias para conhecer a Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses?
Na hora de montar o seu roteiro Lençóis Maranhenses e Chapada das Mesas, eu sugiro que você organize da seguinte maneira:
- 3 ou 4 dias na Chapada das Mesas (sem contar o dia da ida e o dia da volta)
- 3 dias em Barreirinhas, nos Lençóis Maranhenses
- 3 dias em Atins, nos Lençóis Maranhenses
Nesse tempo, você conseguirá conhecer os principais atrativos dos destinos. E, como você pode perceber, eu recomendo que você divida sua estadia nos Lençóis Maranhenses em 2 cidades, assim você vai conseguir conhecer diferentes pontos do parque na mesma viagem.
Como se locomover na Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses?
Se você precisa de ajuda para entender como se locomover na Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses, vou relatar como foi a minha experiência. Tenho certeza que essas dicas vão te ajudar bastante.
Nós começamos nosso roteiro pela Chapada das Mesas, onde chegamos pelo aeroporto de Imperatriz e pegamos nosso carro alugado (alugamos com a RentCars, uma plataforma online de locação e chegando lá, só retiramos o veículo rapidamente sem burocracias!).
De Imperatriz, dirigimos até Carolina, a melhor cidade para quem quer fazer de base para um roteiro Chapada das Mesas. Aqui, optamos por fazer praticamente todos os passeios por conta própria, com nosso carro alugado (comum! não era 4×4) e foi ótimo. Sendo assim, estar de carro realmente é a melhor forma para se locomover na Chapada das Mesas.
Já em São Luiz, não alugamos carro e fizemos todos os transfers (aeroporto x Barreirinhas) e também os passeios com uma agência local super profissional e preparada, a Taguatur. Optamos por fazer tudo com a Taguatur já que apenas veículos credenciados podem circular pelas dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e assim ter um carro alugado seria um gasto completamente desnecessário.
Dica 1: a Taguatur também oferece transfers e passeios na Chapada das Mesas e essa pode ser uma opção muito boa caso você não queira alugar um carro (ou não saiba dirigir!). Nós optamos por fazer por conta própria para fazermos tudo no nosso tempo.
Dica 2: você pode garantir 5% de desconto com a Taguatur ou com a RentCars usando o cupom MALADEAVENTURAS. Não deixe de aproveitar esse presente!
Preciso de um guia para montar um roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses?
Logo após a minha viagem, muita gente me perguntou se realmente precisava de um guia para montar um roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses e a verdade é que você conseguirá aproveitar a Chapada sozinho facilmente. O sinal de internet é bom e as estradas também são bem tranquilas.
Entretanto, nos Lençóis Maranhenses, a contratação de um guia é obrigatória. Apenas agências credenciadas podem entrar na área do parque, por ser uma área de preservação ambiental. Nesse caso, consideramos a Taguatur a melhor opção, já que são mais de 40 anos de experiência pela região, veículos super seguros, guias profissionais e atendimento excelente.
Roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses: meu roteiro
Agora que eu já compartilhei dicas práticas sobre como organizar sua viagem para o Maranhão, veja abaixo o resumo do meu roteiro de 10 dias na Chapada das Mesas + Lençóis Maranhenses.
Lembrando que você pode adaptar o dia a dia para que fique de acordo com o seu tempo de viagem, sua expectativa e o seu gosto. Mas se quiser seguir o roteiro à risca, também pode ficar a vontade!
Roteiro Chapada das Mesas
- Dia 1: Chegada em Imperatriz + Ida para Carolina (esse é um dia onde não podemos aproveitar o destino, já que não há o que fazer na Chapada das Mesas a noite, além de conhecer os restaurantes do centrinho).
- Dia 2: Complexo Pedra Caída
- Dia 3: Poço do Encanto + Complexo Poço Azul + Pôr do Sol no Rio Tocantins
- Dia 4: Cachoeira São Romão + Cachoeira da Prata + Pôr do Sol no Portal da Chapada
- Dia 5: Cachoeira do Itapecuru + Volta para Imperatriz
Roteiro Lençóis Maranhenses
Eu optei por dividir o meu roteiro Lençóis Maranhenses em 2 cidades base: Barreirinhas (a mais turística da região) e Atins (bem mais roots e pé na areia). Sendo assim, veja como ficou:
Barreirinhas
- Dia 6: Vôo para São Luis + Ida para Barreirinhas + Circuito Lagoa Azul
- Dia 7: Descanso no Restaurante Bambaê + Circuito Lagoa Bonita
- Dia 8: Passeio Rio Preguiça + Ida para Atins
Atins
- Dia 9: Circuito Canto de Atins
- Dia 10: Passeio de Quadriciclo
- Dia 11: Volta para São Luis + Passeio Centro Histórico + Volta para o Rio
Abaixo, você poderá conferir todos os detalhes de cada dia do meu roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses!
Dia 1: Chegada em Imperatriz + Ida para Carolina
Saímos cedinho do Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, com destino à Imperatriz. Fizemos uma escala breve em Brasília e, depois de 3h de voo, chegamos em Imperatriz.
Já havíamos reservado o nosso carro no site da RentCars, então fomos direto no guichê da empresa no aeroporto e retiramos o nosso carro. Pegamos um Ford Ka Sedan, que foi ótimo para colocar as 4 malas e nos deixar confortáveis. Decidimos fazer o upgrade para um carro 1.6, já que pegaríamos bastante estrada, e a mudança foi realmente necessária!
Foram 215km entre Imperatriz e Carolina, na BR-010, que é um pouco perigosa por ser uma via de mão e contra mão e por passar muito caminhão. Mas, é só dirigir com cautela e devagar. A estrada é boa e sinalizada.
Chegamos em Carolina no entardecer – tentamos encontrar algum lugar para ver o pôr do sol, mas não tivemos sucesso. Fomos direto para a nossa pousada, a Rancho das Estrelas, para nos instalarmos. À noite, saímos para jantar e fomos no “Chega Mais”, que fica de frente para o Rio Tocantins.
*Você precisa saber que, em Carolina, os restaurantes e pousadas são bem simples. A cidade está se desenvolvendo aos poucos, para atender à demanda dos turistas. Ficamos um pouco surpresos com a simplicidade do centrinho de Carolina.
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Dia 2: Complexo da Pedra Caída
No primeiro dia de passeio, decidimos ir até o Complexo da Pedra Caída, que fica bem perto do Rancho das Estrelas, onde nos hospedamos. Foram só 17km para chegar até lá (o complexo está a 35km do centro de Carolina).
Ficamos surpresos com a estrutura que encontramos: piscinas enormes, toboágua, restaurante, teleférico, carros 4×4 para os passeios, guias credenciados… um verdadeiro parque de diversões para aproveitar o dia todo!
É no Complexo da Pedra Caída que estão as famosas Cachoeiras do Santuário, Cânion do Santuário e Cachoeira da Caverna. Esses foram os passeios que fizemos ao longo do dia, e, ao entardecer, fizemos a trilha de 40 minutos até o Mirante, para ver o pôr do sol e conhecer a pirâmide de vidro que tem lá no topo.
A entrada do complexo custa R$70 por pessoa, somente para usar o estacionamento e as piscinas. Para fazer os passeios para as cachoeiras, é preciso pagar mais um valor, em média R$30 por pessoa.
O ideal é você fazer dois passeios por dia, ou, se quiser aproveitar as piscinas, apenas um passeio para as cachoeiras.
À noite, fomos jantar na pracinha principal de Carolina, onde estão alguns restaurantes. Fomos na pizzaria do Tio Pepe – lugar bem simples com vários sabores de pizza. A massa era bem grossa e super recheada.
Dia 3: Poço do Encanto + Complexo Poço Azul + Pôr do Sol no Rio Tocantins
Acordamos mais cedo para tomar café e nos preparar para o passeio do dia: dirigir 130km até Riachão, cidadezinha onde estão os famosos Poço do Encanto e Poço Azul, cachoeiras maravilhosas com águas TÃO azuis que parecem até de mentira!
Entramos na cidade Riachão e ficamos um pouco perdidos para encontrar as cachoeiras – perguntávamos para os locais e poucos sabiam explicar. Voltamos para a estrada, continuamos e vimos uma placa indicando o complexo. Depois de mais alguns quilômetros em uma estrada de terra, chegamos na entrada do Complexo Poço Azul.
Decidimos que seria melhor ir primeiro no Poço do Encanto, que não faz parte do complexo e fica a 6km dali, seguindo mais um pouco pela estrada de terra. A entrada custa R$20 por pessoa e, depois de uma trilha de 20 minutos, chegamos.
O poço é realmente um encanto. É tão azul que doem os olhos! A água tem uma temperatura perfeita e é tão cristalina, que parece cenário. O único ponto negativo do lugar é o cheiro insuportável de cocô de morcego! Há uma gruta, que é a casa dos bichinhos, e o cheiro ali é bem ruim…
A dica é visitar o Poço do Encanto até 12h, horário que o sol bate mais forte, deixando a cor mais linda.
Ficamos 1h por ali e voltamos para o Complexo do Poço Azul. A entrada custa R$60 por pessoa para visitar todas as cachoeiras e usar a estrutura do lugar, que, aliás, é ótima: restaurante, banheiro, placas indicando as trilhas e uma passarela de madeira durante todo o caminho até as cachoeiras.
Seguimos para a trilha do Poço Azul, caminhamos uns 20 minutos pelas passarelas de madeira e chegamos na cachoeira, que parecia uma piscina! O poço é perfeito para nadar, pegar sol (bate bastante sol lá!) e tirar muitas fotos, afinal, não é todo dia que você está em um lugar tão maravilhoso igual a esse.
Fica aqui uma dica: no mês de julho e nos feriados os poços ficam LOTADOS!!! Dizem que chegam ônibus e mais ônibus de turistas. A dica é ir nos meses de Agosto ou Setembro para pegar o lugar lindão assim, como a gente viu!
Aproveite para conferir um vídeo que postamos no canal do Mala de Aventuras no Youtube, mostrando um pouco do Poço Azul:
Depois de muitos mergulhos fomos conhecer a Cachoeira Santa Bárbara, a 10 minutinhos caminhando dali. Ficamos impressionados com a imagem da santa que aparece na queda de 76 metros de altura. Uma beleza sem igual!
Voltamos para a base do complexo, almoçamos um peixinho delicioso e voltamos para Carolina, a tempo de ver o pôr do sol no Rio Tocantins.
À noite fomos no Tribo do Crepe, um restaurante bem simples que fica perto da pracinha principal, onde descobrimos o melhor crepe de chocolate com banana! Experimentamos também o de carne de sol com queijo e estava maravilhoso. Não deixe de experimentar!
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Dia 4: Cachoeira São Romão + Cachoeira da Prata + Pôr do Sol no Portal da Chapada
Não podíamos deixar de conhecer as imponentes cachoeiras da Prata e São Romão antes de ir embora da Chapada das Mesas. Para chegar nas cachoeiras é preciso ir com carro 4×4, já que são muitos quilômetros por uma estradinha de terra cheia de buracos e com areia.
Marcamos de fazer o passeio com o Neuton, dono da pousada onde nos hospedamos. Ele também faz os passeios da região com a sua caminhonete 4×4, e lá fomos nós antes das 9h da manhã. Como já tem bastante tempo que visitamos a região, sugiro contar com a ajuda de uma agência local para esse passeio. Nesse caso, não deixe de entrar em contato com a Taguatur.
Foram quase 2h de estrada até chegar na nossa primeira parada: a casa do Seu Pedro Carneiro, um senhor que mora no sertão do Maranhão, onde estávamos. Conhecemos a sua casa, bem simples, com fogão à lenha, redes penduradas no lugar da cama, papagaio, porco, galinha… Ele nos recebeu com café fresquinho, pão de queijo e rapadura de gengibre, especialidade da casa.
Depois, seguimos mais 10 minutos e chegamos na entrada da Cachoeira da Prata, gerenciada pelo filho do Seu Pedro. A entrada custa R$15 por pessoa.
A Cachoeira da Prata é linda, com duas quedas volumosas e um amplo espaço para nadar! Atravessamos o rio de colete e pudemos chegar mais perto da queda. Um sensação maravilhosa.
Voltamos para o carro e seguimos para a Cachoeira São Romão. Depois de 20 quilômetros de mais estrada de areia, chegamos. Almoçamos por lá, em um restaurante muito simples dos moradores do local e descemos a trilha de 5 minutos para a cachoeira.
O Neuton nos deu caiaques e fomos remando, junto com ele, até embaixo da queda da Cachoeira São Romão. Com certeza o ponto alto da viagem!
E se já não bastasse tantas paisagens maravilhosas, na volta, depois de 2h de estrada, chegamos no Portal da Chapada, o cartão postal da cidade e o melhor lugar para ver o pôr do sol.
O Portal da Chapada fica na beira da estrada e é um ponto turístico imperdível para o seu roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses. É só pagar R$10 por pessoa para entrar e fazer uma trilha leve de 15 minutos até a formação rochosa. Lá no topo dá para caminhar bastante e observar as “chapadas” de vários ângulos!
Leia também: 12 passeios imperdíveis na Chapada das Mesas
Dia 5: Cachoeira do Itapecuru + Volta para Imperatriz
No último dia, aproveitamos a parte da manhã do nosso roteiro Chapada das Mesas e Lençóis para conhecer uma cachoeira mais próxima e com fácil aceso, chamado Itapecuru. Confesso que foi a que menos gostei, já que era mais “urbanizada” – colocaram um chão de concreto na entrada da cachoeira, um bar enorme com cadeiras de plástico e, ao lado, estão construindo um hotel.
Antes de voltar para o hotel para fazer checkout, passamos no centrinho de Carolina para almoçar e experimentar o famoso Doce da Dona Elsa, uma senhora que faz doces caseiros e que já esteve até na Ana Maria Braga! Compramos uma bananada e adoramos.
Caímos na estrada para percorrer os 200 quilômetros de volta para Imperatriz, onde decidimos reservar um hotel para passar metade da noite – o nosso voo para São Luís era às 4h da manhã. Reservamos o hotel Stay Inn e pagamos apenas R$99 o casal, sem café da manhã.
Uma super dica, caso você faça o mesmo que a gente e escolha pernoitar em Imperatriz: almoce ou jante no restaurante Cabana do Sol! Pedimos a Carne de Sol de Filé e adoramos muito a comida, que é muuito bem servida. Ótima oportunidade para experimentar a comida típica da região.
Dia 6: Voo para São Luís + Ida para Barreirinhas + Circuito Lagoa Azul
Pegamos o vôo Imperatriz x São Luís ainda de madrugada, pela companhia Azul, e desembarcamos em São Luís às 5h30. Já havíamos reservado o nosso carro pela RentCars e fomos retirar no guichê.
Pegamos o carro com mais um casal de amigos e fomos direto para Barreirinhas, uma das três cidades que ficam próximas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e a mais escolhida pelos turistas para conhecer a região.
Foram 3h30 até a nossa pousada em Barreirinhas, a Encantes do Nordeste. A estrada é tranquila e sinalizada. Aproveitamos o restinho da manhã para descansar, almoçamos no Restaurante Bambaê, que fica pertinho da pousada e nos preparamos para o passeio do dia: Circuito Lagoa Azul.
Os passeios para visitar os Lençóis são feitos em uma caminhonete 4×4, chamada de jardineira. Apenas carros credenciados são autorizados a entrar no parque, então você precisará contratar os passeios com uma agência. Como já comentei, nossa escolha foi a Taguatur e posso dizer que foi uma bela decisão!
O trajeto até chegar nas dunas de areia é bem longo – atravessamos o rio em uma balsa e andamos 40 minutos por uma estrada bem ruim de areia fofa até avistarmos as primeiras lagoas. Caminhamos bastante nas dunas para conhecer as lagoas azuis, tiramos muitas fotos e mergulhamos na água quentinha e transparente. Vimos o pôr do sol nas dunas mesmo e voltamos todo o trajeto já no escuro.
Para jantar, fomos novamente no Restaurante Bambaê, que adoramos e recomendo muito!
Reserve o seu hotel no Booking! Em Barreirinhas a gente recomenda muito a Pousada Encantes do Nordeste, super confortável e com ótima estrutura!
Dia 7: Descanso no Restaurante Bambaê + Circuito Lagoa Bonita
Estávamos bem cansados com o ritmo da viagem, que foi intenso, e decidimos tirar a manhã para descansar! O restaurante Bambaê tem uma área externa muito legal, com redes e espreguiçadeiras de frente para o Rio Preguiça. Passamos a manhã por lá e e aproveitamos para tomar drinks e petiscar antes do passeio do dia.
Às 14h, o 4×4 nos buscou na pousada rumo ao Circuito Lagoa Bonita, outro passeio famoso para os Lençóis Maranhenses. O caminho era um pouco diferente do dia anterior, mas seguia o mesmo esquema: atravessamos o rio em uma balsa e percorremos muitos quilômetros na areia fofa.
Nesse passeio, o desafio foi subir a pé uma duna de 80 metros para poder ter uma visão panorâmica dos Lençóis. O visual é lindo demais! Aproveitamos as lagoas, ficamos um tempão nadando bastante e vimos um dos pores do sol mais lindos da viagem. Que dia!
Tanto o passeio para o Circuito Lagoa Azul quanto esse de hoje, para a Lagoa Bonita, custam em média R$100 por pessoa – depende da temporada que você for. Tem duração de 5h e só podem ser feitos com guias. Fale com a Taguatur para mais informações e use o cupom MALADEAVENTURAS para garantir 5% de desconto.
Dia 8: Passeio Rio Preguiça + Ida para Atins
Dia de nos despedir de Barreirinhas e dos nossos amigos, que retornaram para São Luís com o carro que alugamos. Eu e meu namorado seguimos para outra cidadezinha próxima do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: Atins.
Resolvemos aproveitar a ida até Atins, que fica a 1h de Barreirinhas, para fazer o passeio pelo Rio Preguiças, com a agência de turismo Taguatur. A última parada do passeio era na Praia de Caburé, que fica há 15 minutinhos de Atins, então de lá, ao invés de retornarmos, outro barco nos levou para o nosso destino final.
O roteiro do passeio foi o seguinte: pegamos um barco e navegamos por 1h no Rio Preguiça, vendo paisagens lindas de igarapés e outras vegetações típicas da região. Paramos primeiro em Vassouras, onde estão os pequenos Lençóis – algumas dunas e lagoas.
Ao lado dessas dunas, tinha um restaurante com uma vendinha de artesanato local. Ali também é a casa dos macacos prego, os pestinhas que ficam roubando comida dos turistas! Tem que tomar cuidado com a bolsa, porque eles pegam mesmo!
Seguimos para o Farol de Maracatu para ter um visual bonito da região lá do alto e, a última parada do passeio foi na Praia de Caburé, onde almoçamos um peixe com camarão delícia.
Outro barco nos buscou na Praia de Caburé e, depois de 15 minutos navegando, chegamos em Atins. Ao desembarcar, o quadriciclo (o meio de locomoção que eles usam no vilarejo!) do La Ferme de Georges, onde nos hospedamos, estava nos esperando para nos levar até o hotel.
Aproveite e leia: Pousadas em Atins: as 12 mais charmosas dos Lençóis Maranhenses
Descansamos no nosso chalé super charmoso e pedimos para a recepção chamar um quadriciclo para nos levar até a pizzaria onde iríamos jantar. O vilarejo de Atins é bem pequenininho, mas é um pouco longe caminhar de um lado pra outro. As ruas são de areia fofa, o que torna a caminhada mais cansativa.
Jantamos na Pizzaria Napoletana e amamos! A pizzaria é de um italiano que serve a verdadeira pizza italiana. Estava sensacional e eu recomendo muito que você experimente também!
Dia 9: Circuito Canto de Atins
No primeiro dia de passeios em Atins, fechamos novamente com a agência de turismo Taguatur. Eles nos buscaram às 9h no hotel, em um carro 4×4 (jardineira), para conhecer o Canto de Atins, onde estão as dunas e lagoas mais próximas.
Andamos cerca de 1h até chegar nas primeiras dunas, passando por paisagens lindas. Em Atins, podemos andar com o carro pelas dunas, diferente de Barreirinhas. Atravessamos lagoas e chegamos em um cantinho lindo, com água transparente e muito azul.
Depois, o carro nos buscou na lagoa e fomos almoçar no Restaurante da Luzia, famoso pelo camarão grelhado. O lugar é bem rústico, perto do mar. O valor do almoço por pessoa é, em média, R$50.
Voltamos para o nosso hotel e saímos a pé para explorar o vilarejo e a praia de Atins, onde ficam vários gringos praticando kitesurf. Aliás, Atins é o paraíso do kitesurf – vento constante e águas calmas, perfeito para o esporte. Meu marido até cogitou fazer algumas aulas, mas o processo é demorado e você leva cerca de 8 aulas para poder pegar o jeito e poder praticar na água. Como não tínhamos esse tempo todo, ele optou por não fazer.
Leia também: Onde ficar nos Lençóis Maranhenses: Barreirinhas, Atins ou Santo Amaro?
Dia 10: Passeio de Quadriciclo
No último dia da viagem, para finalizar nosso roteiro Lençóis Maranhenses e Chapada das Mesas, resolvemos explorar Atins sozinhos e, para isso, alugamos um quadriciclo por R$350 o dia todo, com um morador do vilarejo -sim, nós demos essa sorte e você também pode tentar!
Rodamos Atins inteiro: passamos pelo centrinho, fomos na praia ver as pessoas praticando kitesurf, paramos para almoçar no Restaurante da Sesé (experimentamos o tradicional Risoto de Camarão no Abacaxi) e depois seguimos para o Canto de Atins de novo, para tentar chegar nas lagoas.
Missão dada é missão cumprida! Conseguimos chegar nas lagoas sem nos perder e atolar. Ficamos só nós dois curtindo muito as lagoas transparentes e quentinhas, até chegar a hora do pôr do sol.
Preciso dizer que esse pôr do sol foi um dos mais bonitos da VIDA! Vimos ele se escondendo por trás das dunas, deixando o céu colorido. Realmente emocionante!
À noite, nos despedimos desse paraíso com a pizza da Pizzaria Napoletana. Pra vocês verem que é boa mesmo!
Leia também: Atins: conheça o charmoso vilarejo dos Lençois Maranhenses
Dia 11: Volta para São Luís + Passeio Centro Histórico + Volta para o Rio
Nosso último dia de viagem foi bem corrido e cansativo – saímos de Atins às 7h, pegamos o barquinho (R$50 por pessoa) que nos deixou em Barreirinhas às 8h e, de lá, um transfer (R$80 por pessoa) de 4h até o aeroporto. [Lembrando que fomos de carro com os nossos amigos para Barreirinhas, mas eles retornaram antes da gente. Dessa forma, optamos por pegar um transfer até o aeroporto de São Luís na volta de Atins].
Deixamos as nossas malas no locker do aeroporto (R$20 o armário pequeno, que coube nossas duas malas pequenas) e aproveitamos para conhecer o Centro Histórico de São Luís, já que nosso voo de volta para o Rio era só às 3h da manhã.
Fomos e voltamos de Uber – pagamos R$20 o trecho.
Você pode conferir o post Descubra por que vale a pena conhecer São Luís para ver dicas de passeios e o que fazer na cidade. Eu fui rapidinho, então dei uma voltinha na Rua Portugal, onde tem casas com os famosos azulejos, fui no Museu do Reggae e nas igrejas. Se você tiver mais tempo, dá para conhecer mais da cidade.
Roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses: dicas extras
Após contarmos em detalhes como foi o nosso roteiro pela Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses, nada mais justo do que compartilharmos dicas extras para finalizar a organização da sua viagem. Então, vamos lá:
Onde ficar nos Lençóis Maranhenses
Para conhecer os Lençóis Maranhenses, você pode optar por 3 cidades para fazer de base ou, se preferir, dividir sua estadia em mais de uma, como nós fizemos. Sendo assim, veja as principais dicas de onde ficar nos Lençóis Maranhenses:
Atins
Atins é um vilarejo bem pequeno e pé na areia com uma atmosfera mais tranquila e rústica, o que eu achei ótimo, porque combina muito com a região e com o estilo de viagem! Aqui, as opções de hotéis, lojas e restaurantes são bem menores do que em Barreirinhas, por exemplo.
As nossas dicas de pousadas em Atins, são:
Barreirinhas
Já em Barreirinhas, você encontrará uma maior infraestrutura turística, com uma oferta bastante variada de hotéis e pousadas. Entretanto, posso dizer que não há um charme como o de Atins.
Essa é a cidade mais movimentada da região, já que é a principal escolha dos turistas que desejam visitar os Lençóis Maranhenses. E nossas dicas de hospedagem são:
Santo Amaro
Por fim, Santo Amaro do Maranhão é uma cidade bem pacata, mas também muito charmosa. Quem se hospeda por aqui tem acesso aos passeios mais bonitos da região, já que essa é a cidade mais próxima da entrada do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
As lagoas de Santo Amaro do Maranhão costumam ser mais vazias uma vez que poucos turistas vão até lá. Outro ponto positivo é que aqui as lagoas são as últimas a secar, assim, dependendo da época do ano que você vá, ainda consegue aproveitar bem.
Nossas dicas de pousadas em Santo Amaro do Maranhão são:
Onde ficar na Chapada das Mesas
Agora, se você busca onde se hospedar na Chapada das Mesas, saiba que Carolina é a principal cidade base para quem visita a região. Isso é, ela tem a melhor estrutura para receber os visitantes e mesmo assim você não deve esperar hotéis luxuosos.
São aproximadamente 20 mil habitantes na pequena cidade, que vem ganhando espaço cada vez maior no turismo da região. Se você não estiver de carro, o ideal é procurar pousadas mais próximas ao centrinho, com lojas, mercadinhos e farmácia. As pousadas mais distantes são interessantes para quem está de carro.
Nossas dicas de onde ficar em Carolina – Chapada das Mesas, são:
Dúvidas frequentes de quem procura sobre roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses
Abaixo estão as perguntas que mais recebemos dos nossos leitores aqui no blog, tanto sobre os Lençóis Maranhenses, quanto sobre a Chapada das Mesas:
Qual a distância entre a Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses?
São 683 quilômetros que separam a Chapada das Mesas dos Lençóis Maranhenses. Você vai levar em média 15 horas de viagem, no mínimo, tendo em vista que a estrada está em condições razoáveis (em alguns trechos nem tanto).
Sendo assim, para não ficar tão cansativo o ideal é fazer algumas paradas pelo caminho.
Qual a distância entre a Chapada das Mesas e Jalapão?
Entre a Chapada das Mesas e o Parque Estadual do Jalapão são 352 km, entre 6 e 7 horas de viagem. Essa também é uma opção de roteiro super viável!
Pacote Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses
Para quem gosta de mais conforto e praticidade quando viaja para estes destinos de aventura, com estradas não tão boas, uma dica é contratar uma agência de turismo que conheça muito bem a região, assim, você aproveita ao máximo seu passeio, sem perrengues ou imprevistos.
Nós recomendamos (e utilizamos!) a Taguatur em vários passeios e pacotes, e foi uma ótima pedida! Eles atuam nos dois destinos e é possível, inclusive, contar com o serviço de transfer.
Lembrando que utilizando o cupom MALADEAVENTURAS você ainda ganha 5% de desconto na hora de comprar seu pacote Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses
Pronto para montar o seu roteiro Chapada das Mesas e Lençóis Maranhenses?
Por fim, espero que vocês tenham gostado de acompanhar a minha viagem pela Chapada das Mesas e Lençois Maranhenses e que esses passeios inspirem a sua viagem! Esse foi um roteiro maravilhoso, que me surpreendeu do começo ao fim…
- A gente recomenda muito o site Rent Cars, um buscador que reúne os melhores preços das locadoras do seu destino.
- Reserve o seu hotel através do Booking! Eu adorei todos os hotéis onde me hospedei nessa viagem, mas você pode dar uma pesquisada no Booking para encontrar outras ótimas opções e por bons preços!
- Veja mais posts da Chapada das Mesas e dos Lençois Maranhenses! Tem muito conteúdo bom aqui no blog para te ajudar a planejar uma viagem para esses dois destinos incríveis do Maranhão.
Continue lendo:
Quando ir aos Lençois Maranhenses: veja qual é a melhor época?
O que fazer em Atins: 7 passeios para incluir no seu roteiro
Restaurantes em Atins: onde comer no pequeno vilarejo dos Lençois Maranhenses
Pousadas em Atins: 12 pousadas charmosas em Atins
Chapada das Mesas: guia completo para planejar a sua viagem
você gostou da agência caetés? tem mais alguma para indicar?
Oi Gabi! Fizemos a maioria dos passeios por conta própria, mas essas agências que indiquei são as melhores da região =)
Olá! que epoca do ano vcs foram?
Olá! Essa viagem foi realizada em agosto, época ideal para o destino =)
Olá! Fomos no final de Agosto e foi ótimo!
Adorei as dicas! Viajarei este mês para a Chapada das Mesas e usarei o post de vocês como inspiração 🙂
Que demais! Feliz em saber que gostou das dicas! Aproveite!
Adorei as dicas e estou organizando uma viagem onde seguirei o mesmo roteiro! Pergunta, nao é possivel ir de carro até Atins? Se for o caso, voce recomenda andar de Uber ao invés de alugar um carro para a parte de Barreirinhas? Obrigada!
oi Lari!
Acredito que só com carro 4×4 e parece que a estrada é bem ruim. É melhor contratar um transfer mesmo para ir até Atins. Vale a pena você ir de uber ou transfer até barreirinhas, lá os passeios são feitos em jangadas ou barco, então você quase não vai precisar do carro!!
Oii! Quero fazer o seu roteiro de 10 dias. Acabei de chegar do Jalapão e todo mundo lá fala muito em Carolina e na Chapada das Mesas. Como eu já queria conhecer os Lençóis, estou pesquisando como unir as duas coisas. A questão é a seguinte: eu nunca fiz assim tudo avulso como você fez. Como aqui em casa é apenas o meu marido que dirige ele não gosta de ir se aventurando nas estradas. Nós preferimos o conforto de pagar para que nos levem. Você conhece alguma empresa que possamos pagar para fazer esse serviço durante todos os dias? Preciso mesmo de todo o roteiro acompanhado. A ideia é que a gente compre os voos e só, as empresas contratadas ficariam responsáveis pelo transfer, pousada e atrativos nos dois locais, como fizemos no Jalapão.
Uma empresa que faça a chapada e outra que faça os lençóis já nos ajuda.
Obrigadaaa
Oi Ariane! Que demais, essa viagem é incrível. Eu acabei de ir pro Jalapão e conheci uma empresa que faz a Chapada das Mesas. Você pode falar direto com o Manoel, no instagram @ouriquecompany. Ele te passa todas as informações! Fala que é leitora do Mala de Aventuras, que ele já me conhece e vai caprichar no seu roteiro. A parte de lençois, indico a agência Caetés. Tem post deles aqui no site, só procurar na categoria Lençois Maranhenses. Espero ter ajudado e boa viagem!!
Olá! Tudo bem? As trilhas são muito cansativas? Estou pensando em fazer a viagem com meu filho de 1 ano… sempre curti ecoturismo, mas tenho receio de não aproveitar muito por conta das limitações. Obrigada!
Oi Lu!
Algumas trilhas são bem leves, você estaciona bem pertinho das cachoeiras! Outras, como a Cachoeira da Prata e Sao Romao, exigem mais tempo de carro, estrada ruim e mais trilha!
Nanda, você achou 10 dias o suficiente para os dois roteiros ou ficou corrido? Teria dividido diferente a quantidade de dias em cada destino ou ido somente em um deles para aproveitar mais?
Oi Camila!
O roteiro foi corrido sim, mas muito bem aproveitado! Eu amei essa viagem, foi intensa mas foi demais!!
Claro que se você tiver mais tempo, é melhor! Mas nesses 10 dias consegui fazer os principais passeios dos dois lugares, colocaria mais um dia em Atins só!
Quantos gastou incluindo passagens, passeio, hospedagem e comida?
Oi Mônica, essa viagem foi feita antes da pandemia. Então os valores mudaram bastante desde então. Recomendo entrar em contato com agências de turismo locais para fazer uma solicitação de orçamento. A região dos Lençóis Maranhenses nós visitamos com o auxílio da Caetés Expedições, eles são especializados em viagens privativas, serviço muito bom! Já na Chapada das Mesas, fizemos parte dos passeios por conta própria, com um carro alugado. Mas recomendo a Ourique, empresa que atua no Jalapão, Chapada dos Veadeiros e Chapada das Mesas. Espero ter ajudado =)
Um beijo e boa viagem,
Gaia